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‘Humanocracia’, upskilling e reskilling deve nortear a pauta de capital humano em 2022

Atualizado: 16 de fev. de 2022

O mundo está em transição quando o assunto é o capital humano. Ainda convivemos com a pandemia, mas o que realmente está à frente deste processo é o avanço das tecnologias, que tem transformado os modelos de negócios, inclusive ferramentas que apoiam a gestão das pessoas e a exigência dos indicadores ESG que trazem temas relevantes como o impacto ambiental e a diversidade em todos os sentidos que essa palavra implica, como por exemplo, equidade. E essas são justamente algumas das tendências previstas para 2022 na área. “Dois temas que não sairão do radar tão cedo são: cuidado e liderança”, diz Emerson Dias, vice-presidente da ANEFAC.


Lidar com toda essa incerteza sobre o futuro dos negócios requer cuidado. Isso, em todos os sentidos, incluindo além da saúde mental, o que tem sido chamado de upskilling e reskilling. Segundo Dias, embora ambas possam ter a mesma tradução em português: requalificação, possuem aplicações diferentes, reskilling é aprender novas competências porque as anteriores não servem mais e upskilling são competências adicionais as que já se tem. E, para isso, é preciso muita liderança.


Não podemos esquecer que em 2022 é o ano que o burnout se torna parte do CID (Classificação Internacional de Doenças). O debate sobre o tema ganhará bastante espaço, pois como a quantidade de casos vem aumentado mundo afora será difícil enfrentar os desafios impostos pela dinâmica dos negócios, principalmente, com o ESG cada vez mais forte, bem como o cuidado com os colaboradores. Lembrando que saúde, pela definição da OMS, é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.


Além disto, especificamente para o Brasil, haverá discussões duras sobre a reposição salarial, haja visto a inflação galopante que tivemos em 2021. Esse tema, ainda mais em ano de eleição presidencial, certamente será bastante debatido entre empresas e sindicatos. “Outro ponto é que ainda não temos uma definição sobre o modelo de trabalho híbrido. Então, encontrar a melhor forma de gerar produtividade, interação e engajamento será um grande desafio”, relata Dias.


Com tudo isso na pauta, os profissionais da área de capital humano precisarão estar preparados para ajudar as empresas a lidar com todo este cenário e ao mesmo tempo produzir resultados. Para Dias, aqui há uma oportunidade de desenvolvimento da criatividade e novas formas de trabalho, como por exemplo, as híbridas, que requerem novas dinâmicas para a gestão de pessoas, novos olhares para os benefícios e a gestão do trabalho em si.


Os profissionais de capital humano devem cada vez mais discutir a ‘humanocracia’ dentro das organizações, ou seja, colocar definitivamente o ser humano como objeto central e não apenas como mais um recurso, como é capital, infraestrutura etc. A ‘humanocracia’ possibilita as organizações liberam a criatividade, a energia e acima de tudo a resiliência, tão necessária para enfrentar os desafios contemporâneos. “O objetivo dela é criar um ambiente onde todos são inspirados a dar o seu melhor. O princípio central é desenvolver organizações centradas no ser humano, é, ainda, maximizar a contribuição humana”, explica Dias.


Na ANEFAC em 2022, de acordo com ele, será o momento de reforçar o compromisso da entidade que é sempre o de fomentar o debate sobre liderança e gestão de pessoas, trazendo as pautas que impactam o dia a dia da vida executiva. Serão organizados workshops nessa linha, sempre com convidados especiais. O primeiro debate desse ano será sobre economia circular, que tem tudo a ver com os novos tempos e com a “humanocracia”.



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