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Pedidos de recuperação caem no 1º semestre de 2021

Especialistas esperam um ‘boom’ de requerimentos por parte das empresas brasileiras


Apesar de esperado pelo mercado, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, não houve aumento significativo dos pedidos de recuperação judicial no Brasil, isso é o que mostra estudo feito pelo escritório Marcelo Macêdo Advogados, com base em dados do Serasa Experian. No primeiro semestre deste ano houve 454 requerimentos ante 601 registrados nos seis primeiros meses de 2020.


Movimento semelhante, de acordo com os dados, ocorre entre os pedidos de falências, que somaram 468 nos seis primeiros meses do ano, alta de 2,8% frente ao primeiro semestre de 2020, mas uma queda de 30,9% na comparação com igual período de 2019.


“Com a parada repentina da economia, e sem que houvesse tido um planejamento, pois ninguém previa a pandemia, havia o temor que muitas empresas, que já estavam em situação financeira deficitária, não pudessem suportar a crise e recorressem ao expediente da RJ. Até os Administradores Judiciais estavam prevendo elevado número. No início da pandemia, não havia ainda nenhuma visão positiva no horizonte e, a opção das vacinas, ainda estavam em fase bem embrionária”, explica Ailton Leite, vice-presidente de economia e finanças da ANEFAC.


Com relação aos setores mais atingidos, o destaque fica por conta do de serviços. Entre janeiro e junho do ano passado o percentual de pedidos de recuperação era 52%, já em 2021 de R$ 53%, mas em 2014, quando tem início a análise, era de 34%.


Para Leite, não houve um crescimento tão significativo, por causa da ajuda governamental, com diversas linhas de financiamentos e flexibilização na legislação trabalhista somado à flexibilização dos bancos nas renegociações, que facilitou a sobrevivência das empresas, principalmente as pequenas e médias. Com especial atenção ao setor de serviços, que mais sentiu o impacto da pandemia, e a todo o setor de turismo também.


“Estes números estão muito relacionados aos auxílios e facilidades no setor de crédito. Mas, ainda há empresários que não conhecem a legislação sobre a RJ, seja por nunca sentir necessidade ou por descuido. O prejuízo ocorre quando os empresários somente vão buscar entendimento de como funciona a RJ quando já estão no “sufoco financeiro elevado” e já perderam o tempo precioso de planejamento com antecedência”, finaliza Leite.

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