A pandemia de Covid-19 e a consequente crise sanitária, econômica e política destravaram muitas soluções tecnológicas. Os exemplos mais notórios foram a chegado do Pix, a popularização das reuniões virtuais, o Open Finance, a oferta de mais aplicativos úteis, a segurança e validação de processos blockchains e o fortalecimento das cripto moedas. O que tudo isso tem a ver com as pequenas e médias empresas (PMEs)?
A resposta é bem simples, esses negócios correram para aprimorar cada vez mais soluções sob medida para atender um mercado em ebulição. Como por exemplo, a oferta de crédito a prazo nas compras de produtos e serviços, no jargão inglês, Buy Now Pay Later (BNPL), o aumento de tração de venda via plataforma e-commerce e logística, a maior oferta de neobancos e fintechs para atendimento de MEIs e empresas no simples nacional, o metaverso para fins publicitários e de experiência virtual, a humanização globalizada (educação emocional, prazer pela simplicidade e pelo que realmente importa, individualismo não egoísta, identidades plurais e diversidade, confiabilidade, economia compartilhada e consumo verde) e, por último o mundo mobile com aplicativos, site responsivo, integrações com redes sociais e ofertas personalizadas.
“Quanto mais o mercado evolui, as PMEs, para estarem em acordo com o mercado, terão que obter capital de giro, lidar com as consequências da inflação, câmbio e ano eleitoral em 2022, encontrar parceiros e mão de obra qualificada, alcançar a solução tecnológica ideal para o seu negócio, não se desenquadrar de opções tributárias (simples nacional, por exemplo) pelo atraso no recolhimento de tributos ou descumprimento de obrigações acessórias, crescer em vendas e fidelizar clientes em um ambiente de maior inadimplência e concorrência, aderir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e contar com segurança na informação e afastamento do sequestro e vazamento de dados, dentre outros desafios”, explica Eduardo Nunes, vice-presidente de PMEs da ANEFAC.
As oportunidades profissionais das mais diversas áreas estão justamente em apresentar soluções às PMEs que podem fazer a diferença no seu negócio. Os gestores financeiros têm que ser hábeis em controlar contas, encontrar as melhores formas de precificar os produtos e serviços, serem proativos na captação de recursos, terem um planejamento de opções tributárias tendo em vista a ausência da reforma tributária em 2021 e, ainda, saberem se optar pelo simples nacional é a melhor alternativa.
Segundo Nunes, já os gestores em marketing devem encontrar soluções criativas para aumentar as vendas e proporcionar a “experience” aos clientes, bem como os de TI precisam apoiar as PMEs na busca das melhores soluções tecnológicas a custos acessíveis. “Enquanto os empreendedores podem buscar oferecer um conjunto de soluções para mais e mais empresas, viabilizando uma terceirização de resultados e capacitação de pessoas, e os gestores em operação e vendas devem se certificar de ofertar boas vendas com experiência ao cliente e não somente o melhor preço”, alerta Nunes.
Não podemos esquecer que existem diversos fatores de infraestrutura operativa que levam o consumidor a ter uma boa experiência ou não. Por exemplo, soluções de pagamento e crédito, boa reputação da loja, SAC eficiente com rapidez de resposta, informações sobre pedido e status de entrega, disponibilidade de estoque e checkout simplificado.
Para finalizar, Nunes aponta que a ANEFAC, identifica o networking e a oferta de eventos técnicos pertinentes como algumas das soluções para auxiliar os associados nesta jornada. Neste ano de 2022, a entidade pretende realizar eventos virtuais com temas como “Dicas de Planejamento Tributário às PMEs”, “Segurança de dados e aderência à LGPD”, “Pontos de atenção de Auditoria aos pequenos negócios”, “Neuromarketing e experiências de e-commerce”, “Startups: Polos Geográficos e Tributação” e “Roda de conversa sobre práticas contábeis”.