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  • Anefac A

Qual o reflexo do aumento da inflação nos negócios?

Dilema nas empresas é o caminho a seguir, se diminui margem de lucro ou o seu poder de vendas


No dia a dia o brasileiro tem sentido no bolso o avanço da inflação. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente dados sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de julho. De acordo com o levantamento, em 12 meses, o índice acumulado bateu os 9%, registrando 8,99%. Só no último mês o crescimento quase dobrou chegando a 0,96% em comparação ao anterior que foi de 0,53%.


Os dados seguem em linha com o que vem preconizando o relatório “Focus”, divulgado pelo Banco Central (BC), semanalmente, e em 16 de agosto elevou pela décima nona semana seguida, a estimativa da inflação para a casa dos 7%. Sobre o IPCA, a expectativa do mercado para este ano subiu de 6,88% para 7,05%. “Um dos grandes impactos da alta da inflação é na renda, se os preços ficam mais caros, a mesma quantidade de dinheiro compra menos produtos. A renda perde valor e o poder de compra do consumidor diminuiu. Se ele não tiver o aumento de salário na mesma proporção, o que normalmente não vem acontecendo, fica limitado a comprar menos. Assim, há um sentimento no país de maior de pobreza”, explica Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da ANEFAC.


Já com relação ao impacto direto do aumento da inflação nos negócios, segundo ele, o primeiro está relacionado aos custos daquela operação. “Com isso, as empresas têm duas opções absorver os custos, o que reduz a sua margem de lucro, ou repassar ao consumidor, o que pode diminuir as vendas, uma vez que a pandemia limou o poder de compra do consumidor. Já o segundo efeito é que leva o BC a subir a taxas básica de juros, a Selic, como de fato vem acontecendo. Quando ele faz isso, provoca um menor crescimento econômico e, consequentemente, menor volume de vendas. Ai a empresa fica num dilema se tem prejuízo com lucro menor ou se vende menos”, diz.


Para os próximos meses, pelo menos em 2021, na visão de Oliveira, é que no Brasil a inflação contratada continuará alta no teto da meta, estipulada pelo Banco Central, que vem cumprindo o seu planejamento de aumento da Selic. “Acredito que a inflação só irá retomar para um patamar menor ano que vem, se tudo correr bem. Atualmente estamos lidando com o aumento de várias commodities, como é o caso da energia, que vem sendo pressionada pela falta de chuva e aumento do uso das termelétricas. Agora, se tivermos racionamento, como vendo sendo alertado por diversos especialistas, poderemos ter um cenário pior, pois com o corte de energia, as empresas produzem menos, sem contar o aumento dos preços”, finaliza.


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