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  • Anefac A

Como a Sociedade 5.0 interfere nas empresas?


A Sociedade 5.0 além de promover a ideia da Indústria 5.0 leva, conforme proposto por Philip Kotler, à noção da human-centricity organization. Neste novo modelo de organização, as inovações tecnológicas visam capacitar as habilidades humanas e a qualidade de vida na sociedade.


Esse novo foco ao ser humano, à sociedade e ao meio ambiente, na percepção de Emilio Herrero Filho, diretor executivo de estratégia da ANEFAC, provoca uma importante alteração nas atividades operacionais e no posicionamento estratégico das empresas, que devem evoluir de Customer Centricity Organization para Human-Centricity Organization.


“O mindset tradicional dos negócios defendia uma ideia fixa: se as empresas investissem parte de seus lucros no desenvolvimento da sociedade, tomariam essas decisões baseadas no rápido crescimento. O que também deveria ser uma reponsabilidade dos governos e não das empresas”, explica Herrero.


Já no novo mindset da Sociedade 5.0, ele conta, que se recomenda o oposto. “Os empresários e as empresas precisam compreender que o foco somente nos lucros gera externalidades negativas que precisam ser levadas em conta. Décadas de crescimento dos negócios foram acompanhadas de degradação do meio ambiente e de desigualdade social. Toda essa situação traz um alerta aos negócios: as empresas não conseguirão prosperar em uma sociedade com graves problemas sociais e ambientais”, pontua.


Há ainda a percepção, segundo Herrero, entre inúmeros líderes empresariais, que vivemos em um mundo assimétrico, onde a escassez e a abundância coexistem lado a lado. Diferentes autores e pesquisadores como Peter Diamonds, Steven Kotler e Salim Ismael vem destacando como a pobreza, a desigualdade social e a degradação ambiental convivem, ao mesmo tempo, com a abundância, as oportunidades exponenciais e com negócios de elevado valor de mercado, que também geram riquezas.


“É essa assimetria que a nascente Indústria 5.0 pretende superar, aplicando as inovações (inclusive as disruptivas) e as tecnologias digitais para acelerar a melhoria da qualidade de vida das pessoas e a preservação e renovação do meio ambiente. Esses desafios podem ser resumidos na frase: fazer o bem, faz bem para os negócios”, ressalta Herrero.


Neste sentido, a Indústria 5.0 está comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU 2030 e com os fatores ESG- Environmental, Social and Governance.

“Atualmente vivemos uma era de Inovação Tecnológica, porém, pode ser o momento da inovação social, onde o propósito transformador massivo e a estratégia empresarial precisam incluir o componente social e ambiental. Uma nova mentalidade, combinada com as novas tecnologias digitais, possibilita a criação desse novo modelo de organização industrial”, finaliza Herrero.


Fique atento ao nosso blog em breve traremos novos conteúdos sobre a Sociedade 5.0.


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