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Cenário econômico pede uma carteira de investimentos diversificada

Atualizado: 13 de jun. de 2022

Nunca coloque todos os ovos na mesma cesta! Você provavelmente já deve ter lido ou escutado essa frase quando o assunto é investimento. Agora, num cenário de instabilidade como o que vivemos atualmente, talvez essa frase faça ainda mais sentido. Na prática, quando se trata de investimentos, essa frase se aplica à distribuição dos recursos em várias classes, produtos e geografias. Aqui a ideia é diversificar para minimizar os riscos.


A diversificação de investimentos é uma das estratégias mais simples e lúcidas para diluir o risco de más escolhas. Afinal, não controlamos todas as variáveis econômicas, políticas e sociais, ainda mais num ambiente de instabilidade como é o atual. Por mais fundamentada que esteja sua escolha por um determinado ativo, sabemos que não controlamos todas as variáveis. Tendências macroeconômicas podem virar da noite para o dia e decisões podem ser impactadas diante de um fato inusitado, como uma pandemia, uma greve, ou mesmo uma guerra.


Neste contexto, Guilherme Dultra, diretor de finanças pessoais da ANEFAC, acredita que é importante estarmos atentos a duas razões para diversificar investimentos:


Gerenciamento dos riscos: no mercado financeiro existem os riscos classificados como diversificáveis, que são aqueles relacionados a um tipo de mercado, setor, empresa, região ou país, e não diversificáveis, que são aqueles a que todos estão sujeitos, como pandemias, guerras, catástrofes ambientais, juros e inflação.


O gerenciamento de riscos, neste caso, representa o equilíbrio necessário na composição de uma carteira de investimentos que, em cenário de incertezas, certamente será menos impactada, visto que as posições não estarão concentradas.


Correlação dos ativos: a maioria das pessoas que investe é simplista. Elas somente se preocupam com a possibilidade de obtenção de maiores ganhos. Na hora de montar uma carteira diversificada, é importante considerar não apenas a distribuição do capital em uma variedade de classes de investimentos, produtos e geografias, mas também a correlação entre eles. Ou seja, considerar investimentos que se comportem de forma diferente e que podem reduzir o impacto de eventos isolados da economia.


Com essas duas questões em mãos, segundo Dultra, é importante levar em conta alguns fatores na hora de estruturar e diversificar uma carteira de investimentos:


1) Compreensão de qual fase do ciclo financeiro pessoal você está

Você pode estar em um dos três ciclos a seguir: o de acumulação, rentabilização ou preservação de capital. Esse ciclo é definido pela relação entre gerar riqueza e possível rentabilidade de capital disponível. Se você está no começo da vida profissional e não possui capital, então o seu ciclo deve ser o de acumulação. Caso já tenha capital, a sua principal fonte de riqueza ainda seja o seu trabalho, está na fase de rentabilização. Por fim, caso o seu ciclo produtivo tenha diminuído e você já tenha formado um patrimônio, você está no ciclo de preservação.


2) Compreenda qual é o seu perfil de investidor(a)

Não existe uma carteira de investimentos ideal para todos, pois as pessoas possuem personalidades e tolerância a riscos diferentes. Você pode ser conservador, moderado ou agressivo. A capacidade de tomar riscos varia de acordo com a idade, estabilidade no trabalho, capacidade de poupar, objetivos a longo prazo, se possui dependentes, nível de renda etc. Conhecendo o seu perfil e ciclo financeiro, fica mais fácil elaborar uma carteira de investimentos.


3) Selecione as classes de ativos e a proporção ideal de cada classe

As classes de ativos podem ser de renda fixa, renda variável, multimercado, cambial, entre outras. Após a seleção das classes, é preciso equilibrar a porcentagem das classes em sua carteira de investimentos, respeitando o seu perfil de investidor(a).


4) Distribua em geografias distintas

Investir em geografias distintas gera maior diversificação para os investimentos, reduzindo eventuais riscos. Afinal, dessa forma o investidor(a) fica menos refém dos fatores econômicos, políticos e sociais do seu próprio país.


5) Selecione os produtos de investimentos

Após os 4 primeiros passos é que você deve se preocupar com quais ativos escolher, seja LCI, LCA, título pré ou pós fixado, títulos de crédito privado como CRIs, CRAs, Debêntures, ações, fundos DI, etc.


6) Acompanhe e ‘rebalanceie’ sua carteira

Monitorar periodicamente é importante, assim como rebalancear quando necessário. Afinal, a vida das pessoas muda, assim como os ciclos econômicos e financeiros do indivíduo.


Como vimos, para construir patrimônio é fundamental gerenciar riscos, saber contrapor as oportunidades e ter um equilíbrio na sua carteira de investimentos.


No momento de estruturar sua carteira de investimentos, seja prudente e respeite o seu perfil de investidor(a). “Acredito que os passos acima sugeridos poderão ajudar nessa construção de uma boa carteira de investimentos”, finaliza Dultra.


A ANEFAC realiza uma série de eventos sobre investimentos e finanças. Fique atento ao site e participe.

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